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Blog da Tanara

Semana passada uma série de tragédias assolou o país e  o mundo. No dia 13, dois rapazes (um de 17 e outro de 25 anos) entraram abrindo fogo em uma Escola de Suzano, cidade que fica há 50km da grande São Paulo. Ao todo foram oito mortes. Dois dias depois foi a vez da Nova Zelândia. Considerado um dos países mais seguros para se viver, a nação neozelandesa foi alvo de um ataque em uma mesquita, onde o assassino teve a audácia de filmar, durante 17 minutos, todo o massacre - anunciado antes em um manifesto de mais de 70 páginas onde o "camarada" destilava ódio puro contra imigrantes, negros, mulheres e todo tipo de pessoa que não fosse o "bonito" e exaltado homem branco. 

A despeito dos questionamentos posteriores sobre porte de arma, bullying, segurança pública entre outros, é preciso ressaltar alguns pontos. O primeiro deles é que no ataque que ocorreu no Brasil, as armas não foram conseguidas de maneira lícita (todas estavam com as numerações raspadas, sinal de que foram adquiridas de forma clandestina). Há anos vivemos m um país onde o porte de armas é proibido e ainda assim nada nos impediu de figurar entre os dez países que mais matam. E pasmém, as mortes, em sua maioria, ocorrem com cidadãos de bem, estes sim desarmados e que veem sua vida minada muitas vezes no simples ato de ir a uma padaria. Estes cidadãos merecem ter condições de se defender e isto é algo que eu, como mãe, defendo e defenderei até o fim. 

O segundo ponto, e o mais importante, é a respeito do valor da vida e da maneira como estamos ensinando as futuras gerações a valorizá-la. Digo isto porque chegamos a um ponto em que o desdém e a desvalorização do ser atingiram um patamar de crueldade elevada: algumas pessoas além de não se importarem com a (vida) do outro não se importam com a própria. E a partir do momento em que a tua própria vida não tem importância para você, que dirá a vida do outro. Entendem a gravidade da situação? É nesse momento que damos vazão a massacres como estes que aconteceram e que, de tempos em tempos, acontecem e tendem a continuar. 

Para um jovem que abre fogo dentro de uma escola e depois se mata, que coisas valem mais pra ele do que a vida? 

Precisamos parar de achar que a educação se limita às quatro paredes da escola, à igreja, à babá e começar  tomar para nós a responsabilidade de não só colocar no mundo mas criar e educar cidadãos de bem. Que aprendam desde cedo, com os nãos de casa a respeitar os nãos da vida. Que entendam que bullying não é brincadeira e que zombar do coleguinha, seja por qual motivo for, pode - literalmente - destruir vidas. Mas devemos ensinar também que independente do sofrimento que nos causarem o mal é do outro e nele deve permanecer. Se vingar de terceiros devido ao sofrimento que lhe foi imposto não é só egoísmo puro mas é sinal de fraqueza de raízes, de fé, de vida, propriamente dito.

É péssimo viver em um lugar onde eu temo pela minha vida e pela da minha filha por sermos mulheres. Temos pela do meu esposo por ele ser negro. Temo, temo, temo.. isso não é vida, honestamente. E enquanto luto para dar mais segurança ao menos para os meus, foco na educação da minha pequena, que nada nada representa toda uma futura geração.

Ensinar e educar, mostrar o valor que uma vida tem (desde sua concepção) e independente de cor, raça, religião ou sexualidade, é dever de cada um de nós como sociedade. E quando nos omitimos desse dever, os frutos são colhidos na forma como vimos nesta última semana. A responsabilidade é dos assassinos SIM mas também é nossa. Vivemos tempos sombrios. Mas se conseguimos trazer as trevas também somos perfeitamente capazes de dissipá-las. 

Qual o valor de uma vida pra você? Pra mim, vale o mundo! E o quão você tem ensinado seus filhos, amigos, companheiros a valorizar isso? Vale a reflexão. 

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No Brasil, o Dia Internacional da Mulher é sempre uma festa de horrores, na minha humilde opinião. Não se celebra a data com alegria, com amor, tampouco o foco se dispõe em ressaltar as conquistas da mulher ao longo dos anos – e quando o faz, a pincelada é tão enxuta que chega dá dó. Mas este ano, em especial, o foco ficou totalmente em usar, da forma mais baixa possível, este dia para atacar o governo que há pouco se encontra no poder.

Este porém, não é o motivo desta reflexão, afinal não quero fazer o que, pra mim, é razão de crítica. Minha análise é voltada para duas vertentes: a incrível façanha de ousarmos comemorar o dia da mulher em um dos países onde mais matam mulheres no mundo (mais especificamente o 5º, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos). Mais do que isso, ousamos ainda jogar isso nas costas de nós mesmas, quando na realidade esta conta não nos pertence. Mas isto já é clichê, é de conhecimento geral e virou algo tão comum que já não é mais tão ressaltado nas reflexões sobre esse dia; e a capacidade de falarmos muito sobre luta e, na prática, ainda fazermos tão pouco como sociedade. 

Lutar para que a violência pare, para que diminuam os feminicídios (a começar por enxergar que eles realmente existem e que hoje, mais de 50% dos crimes cometidos contra as mulheres são SIM com este qualificador), para que tenhamos direitos iguais (perante a lei, pois biologicamente NÃO somos iguais aos homens e insistir nesta premissa é de uma burrice sem fim) é algo que não deve se restringir a um dia do ano. E, principalmente, não deve excluir nossos pais, irmãos, maridos só porque eles são homens. Dizer que “não queremos flores, queremos respeito”, honestamente é ridículo porque um não exclui o outro e nada nos impede de termos os dois. Pelo contrário. Fazer com que um seja fator excludente de outro nos mantém na mesma espiral que nos fez chegar onde estamos. Merecemos flores, merecemos respeito, merecemos o mundo. E merecemos homens que lutem por isso ao nosso lado. 

Mas mais do que homens, merecemos uma sociedade que esteja em sintonia com esta luta e que pare, de uma vez por todas, de nos colocar sempre em condição de inferioridade, de vitimização porque isto não ajuda em nada à causa e corrobora, e muito, para que este verdadeiro massacre contra o “sexo frágil” continue. Merecemos ainda que desde o berço, eduquemos nossos meninos a nos dar flores, a abrir a porta do carro (sim, porque não? É uma questão de cavalheirismo e não de superioridade), a nos respeitar e respeitarem nossas escolhas, inclusive quando elas resultam em um grande e sonoro “não”. 

Só diminuiremos os feminicídios quando diminuirmos também nossa visão de inferioridade, de vítima pré feita. Afinal também podemos - e devemos - ser protagonistas das nossas vidas. Se o mundo lá fora está perigoso pra nós, que saibamos nos defender dele e nele. Sem melindres, sem vitimização. Outro dia, em Brasília, uma moça que lutava muay thai há oito anos rendeu, com um mata leão, um bandido que estava tentando assaltar a concessionária em que ela trabalhava e ficou com ele até a polícia chegar. Esses casos são exceções? Sim. Mas porque não tentarmos transformá-los em regra ao invés de algo esporádico? É arriscado, é perigoso mas honestamente, quando não foi? Isto é resistência. Violência não resolve o problema mas vitimização tampouco. Somos muito mais fortes do que pensamos, só fomos educadas da maneira errada por tempo demais. Que venham tempos de mudanças.

Que consigamos entender que este dia não se resume a um evento isolado e que, no momento da luta também possamos nos dar ao luxo de comemorarmos – com flores, abraços, carinho - nossa existência.
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Jornalista por formação (e coração!), 27 invernos muito bem vividos. Viajante nesse mundão, esposa do Fábio, mãe da Lavínia. Geminiana. Bipolar e ansiosa. Verdadeira apaixonada por livros, filmes, moda, Disney e acreditem, política! Aqui vocês tem um pouco de toda essa loucura! Just come on in! (:

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