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Blog da Tanara

Quase nunca falo sobre minha experiência como mãe. Isso porque acho que, mesmo tendo passado um ano e quatro meses desde o nascimento da minha filha, eu sinto que ainda não sei nada. Quando eu tive minha filha foi algo planejado. Eu já tinha viajado bastante, curtido horrores e aí, após um ano com meu marido, começamos a divagar sobre filhos. Uns dois meses depois eu descobri que estava grávida. Obviamente a descoberta não foi nenhuma surpresa, e os nove meses que se passaram enquanto eu esperava a Lavínia chegar foram uma montanha russa de emoções. Mas nada, nada mesmo me preparou para o que veio depois. 

Quando tive minha filha eu passei por uma depressão pós parto bem pesada. Eu tinha medo de fazer mal a ela em algum momento de raiva, às vezes eu sonhava que eu jogava ela na parede em uma crise de choro, coisas bem ruins e que me faziam sentir super mal. Juro que nos primeiros 40 dias de vida da Lavínia eu simplesmente não conseguia gostar dela. É horrível escrever isso, mas era a minha realidade e como mãe, isso doía muito. Não a toa minha mãe e meu esposo ficaram, nesse período, cuidando de nós duas. Eu não sabia como agir, não sabia o que fazer, ficava bem chateada quando ela acordava à noite chorando e interrompia o meu sono. Eu sentia como se aquela vida pré maternidade tivesse sido roubada de mim e eu colocava a culpa na minha filha. Mesmo eu tendo escolhido ser mãe, quanto todo o ônus da maternidade bateu à porta, o bônus ficou na lata de lixo. E demorou um tempo pra eu entender o tamanho da responsabilidade que eu tinha. Mas, mais do que entender a responsabilidade demorou um tempo pra eu também aprender a amá-la. E isso é normal. Acreditem.

Muita gente diz que toda mulher já nasce sendo mãe. Mas acredito fielmente que isso é uma mentira. A maternidade é aprendida todos os dias e acredito que seguiremos aprendendo até o dia em que morrermos. Eu cresci em uma família com pais que me deram tudo e sempre. Por mais que o objetivo não fosse esse, eles acabaram criando uma pessoa mal acostumada. E foi duro deixar essa antiga Tanara individualista e folgada (verdade seja dita) de lado pra aprender - pasmem - a pensar em algo além do meu umbigo. A pensar em alguém além de mim. E devo dizer, minha filha tem feito um ótimo trabalho me ensinando tudo isso. E hoje, como mãe, eu preciso lutar pra não passar para a Lavínia maus costumes que fizeram parte da minha criação e mostrar que eu estou pra ela integralmente, no matter what.  

Um exemplo das pequenas lições que a maternidade me trouxe é quando minha filha acorda a noite com fome. Eu e meu marido criamos o hábito de só ele levantar de madrugada para cuidar da Lavínia. Isso é super cômodo pra mim, claro, que fico na cama dormindo. O problema é que quando meu marido está doente ou por algum motivo não pode levantar, eu demoro a entender que o barulho que escuto é um choro, que esse choro é da minha filha e que eu preciso levantar e fazer o que meu esposo faz todas as noites. Nesse ínterim a Lavínia já ficou super estressada e quando eu chego no quarto dela fica muito mais difícil acalmá-la. 

Sei que parece meio bobo, mas são detalhes importantes. Se meu marido passa mais tempo cuidando da minha filha, a figura que ela terá como referência em termos de respeito e carinho será majoritariamente ele, e não eu. E isso, no futuro, pode causar problemas na minha relação com ela. 

Costumo brincar dizendo que meu marido corrige e eu fico responsável pela diversão, mas confesso que já estamos pagando o preço por isso. Quando é pra eu corrigir ela não dá bola e quando é pro meu marido brincar com ela, ela também não liga muito. Cara, são tanto detalhes, tantos pontinhos aos quais precisamos ficar atentos. A parte de trocar fraldas, levar na creche, colocar pra dormir é o de menos perto de todo o universo que tem por trás de ser mãe e pai.

Hoje, apesar de todos os erros (e também acertos) eu me considero uma boa mãe. Sei que posso (e devo) buscar ser sempre melhor, mas aquela visão individualista e umbigalista que eu tinha do mundo tem sido cada vez mais quebrada e substituída por um amor que não cabe no meu peito. Quando penso na depressão que tive quando a Lavínia nasceu e nas coisas absurdas que tive medo que acontecessem com ela por minha causa, eu agradeço a Deus porque foram esses momentos difíceis que me prepararam pra me doar 100% pra minha filha agora. 

A trajetória não e fácil pra quem vive mas é imensamente leve pra quem está do lado de fora e julga. E esses julgamentos de pessoas que mesmo não tendo filhos, se acham melhor mãe/pai que nós que os temos, deve ser encarado com muita sutileza e, porque não, frieza. Ninguém além dos pais sabe o que é melhor pros filhos. Ninguém além dos pais tem o direito de se meter na educação, crescimento e edificação dos filhos. Isso porque também ninguém além dos pais acorda 3, 4x de madrugada, leva no médico duas vezes por semana, perde noites de sono pensando em como colocar no orçamento as roupas pro bebê, os brinquedos, a educação de qualidade. Então quando ficamos cansados, exaustos, quando cogitamos tirar aquele tão sonhado day off  para relaxarmos um pouco, não nos julguem. Não diga que somos maus pais, que não pensamos nos nossos filhos porque cara, é basicamente isso que fazemos todos os dias. E sei que tem gente que pensa "se não queria essa trabalheira toda era só não ter engravidado". Mas gente, esse pensamento é tão burro (me desculpem a expressão). É o equivalente a dizer que "se não queria problemas na vida era só não ter nascido". 

A gente escolhe sabendo dos problemas, sabendo das dificuldades e essa escolha é baseada no "apesar de". Apesar das noites mal dormidas, apesar da fila no hospital, apesar dos recursos gastos, apesar disso tudo.. eu quis ser mãe, eu SOU mãe e eu não trocaria isso por nada nessa vida.

Nós, pais e mães, temos sim o direito de errar porque nós também estamos aprendendo. Temos o direito de descansar porque nós também cansamos. Temos o direito de chorar porque muitas vezes, a responsabilidade aparenta ser maior do que suportamos carregar. Mas isso não diminui o tamanho do amor que sentimos pelos nossos filhos. Na verdade, acredito que são nesses momentos de dificuldades, que nós descobrimos nossa verdadeira força e o tamanho do amor que temos pelos nossos (eternos) bebês. 

Eu amo minha filha, mataria e morreria por ela e graças a ela, hoje eu sou uma pessoa infinitamente melhor. Sigo cansada, sigo exausta mas eu não trocaria essa experiência por nada nessa vida. Ela nasceu de mim e eu estou crescendo por ela. <3
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Olá! Continuando meu post anterior a respeito da minha experiência no Canadá, trago mais algumas informações hoje sobre as cidades que visitei: Toronto, Montreal, Quebec e Ottawa. Quando eu cheguei em Toronto eu estava um tanto preocupada em fazer amigos. E acredite, isso toma bastante o nosso tempo. Então, minha primeira semana foi um inferninho comigo tentando me enturmar em todo tipo de grupo, sem levar muito em conta o nexo das pessoas. 


Beirando a desistência eu conheci seis pessoas fantásticas: Alejandro, um mexicano muito alto astral que estava em Toronto há 4 anos; Sibylle e Nikola, dois suíços que, embora fossem um pouco fechados, me transmitiram muito! Fora essas pessoas conheci também alguns nativos, como o Brandon, um colombiano chamado Juan e outra mexicana, a Ingrid. Pessoas muito muito iluminadas e que transformaram minha viagem na melhor experiência da minha vida!

Dito isso, eu comecei a explorar Toronto. A cidade é bastante cosmopolita, mas sem perder a tradição. Em meio a shoppings e uma variedade imensa de bares e restaurantes, discotecas e casas noturnas, você se depara com pequenos pontos de tradição, lugares que parecem refúgios em meio à agitação. 


Um desses lugares, pasmém, é a Universidade de Toronto. Construída em  1827 e com o nome inicial de King's College, o local abrange um campus com 7 college's. O complexo é gigantesco, possui diversos blocos e todos eles são em arquitetura do século XIX. São edifícios lindos, e os campus são abarrotados de natureza ao redor.  Todas as universidades são interligadas, incluindo os campus de lazer, academia (tem pelo menos três espalhas pelos lugar) e claro, dormitórios, republicas e fraternidades.


A Universidade de Toronto é uma das melhores do mundo e possui a terceira melhor biblioteca acadêmica, ficando atrás apenas de Harvard e Columbia, se não me engano. No inverno a neve em cima dos prédios te faz ter a sensação de estar em um filme antigo. Nesse período não tem muito furdunço dos alunos, então o lugar acaba sendo um refúgio para ler, meditar, explorar. É sensacional.

Pra diversão, fui em dois excelentes lugares, os quais eu recomendo muitíssimo. Um deles foi o Crocodille Rock, um pubzinho bacana e com músicas que vão desde as latinas até hip hop, passa por tudo. Lá, nas quartas-feiras, tem promoção dupla da cerveja Canadian a noite toda. Você paga mais ou menos $2,50 CAD e bebe duas cervejas.

Dá pra ficar bem alegre. rs Outro lugar sensacional é a boate Crews and Tongos. Como a maior parte das amizades que eu fiz foi com rapazes gays eles me arrastaram pra alguns lugares assim e cara, eu nunca havia ido em um lugar como a Crews and Tongos. Primeiro porque, por mais que fosse uma boate gay, lá você encontra bastante gente hétero e isso sem preconceito algum! Todo mundo se diverte e interage com respeito e tranquilidade. Segundo porque eu nunca tinha ido em um lugar com apresentação de drags e as de lá foram inacreditáveis! Todas animaram a festa do início ao fim e nossa.. foi uma experiência única!

Outra pedida necessária é o Ontário Lake. Aquele lago no inverno.. é surreal! As árvores congelam e formam lindos cristais transparentes. A neve cobre toda a grama perto do lago e as pedrinhas perto da areia são tão lindas que te faz querer passar o dia catando pra levar pra casa. Ao longo do lago (também chamado pelos canadenses de praia) eles montam esculturas com peles de alguns animais, pra que caso fique muito frio, as pessoas possam entrar nas cabanas sem perder a vista do lugar.

Fui lá com o Brandon, um colega canadense que fiz e foi lá que eu descobri que é proibido beber em espaço aberto. Daí compramos cervejas e escondemos no meio da neve enquanto íamos bebendo. Fico imaginando uma lei dessas aqui no Brasil rs. Visitei o Woodbine Beach Park, que abrange parte do "litoral" e fiquei muito, muito encantada. Vale a pena cada minuto naquele lugar. E recomendo como pit stop certo em Toronto.

Por último, mas não menos importante, é indispensável a visita a Niágara Falls. Lá é como se fosse as Cataratas do Iguaçu da América do Norte. O lugar é divino, e no inverno a vista é sensacional. Metade da cacheira foca no Canadá e a outra metade fica nos Estados Unidos.
A cidade onde fica Niágara Falls lembra muito Las Vegas. É cheia de cassinos, casas noturnas, lojas caríssimas e hotéis de luxo. Pra mim, a atração fica por conta da cachoeira mesmo, porque o restante é dispensável. rs Vale a pena tirar um dia pra ir lá. Lembrando que no verão eles disponibilizam passeios de barco que permitem chegar beem pertinho da cachoeira. É inacreditável de lindo!

FRENCH CANADA 

Falando um pouco da parte francesa do Canada (e, na minha opinião, a parte mais bonita que conheci), a French Canada é formada por Montreal, Quebec e Ottawa. O nome French Canada surgiu porque é a parte do país onde o idioma predominante é o Francês. Sério, tem alguns distritos desses lugares onde nem o inglês eles falam, pra vocês terem uma ideia. 

Ottawa foi a primeira do trio que eu visitei e é a capital do Canadá. Por esse motivo a cidade tem muito enfoque político, com prédios do parlamento, a casa do primeiro Ministro, enfim.. tudo muito politizado. A residencia do primeiro ministro, o Justin Trudeau, é dentro da cidade, em uma casa relativamente simples para o governante de um país. A proximidade com o público é bastante evidente, uma vez que ele sai na rua, cumprimenta, conversa, como uma pessoa normal (o que ele não deixa de ser, né rs).


Uma coisa que chama a atenção em Ottawa é a forte divisão de classes. Essa divisão se evidencia com uma separação quase que literal da parte rica e da parte pobre da cidade. Esta parte pobre, aliás, já sofreu tentativa de incêndio quatro vezes. Foi só quando os governos anteriores perceberam que a população continuaria a se reerguer que eles resolveram parar de tentar queimar a cidade. E aí preferiram construir uma grande rodovia separando uma parte da outra e deixar os pobres quietinhos lá. A diferença é sutil entre uma parte e outra, mas ainda se faz evidente e é importante ser lembrada.

Fora esse lado histórico e político, não tem muito o que fazer em Ottawa. O ideal é passar um dia, no máximo um dia e meio lá e partir pro destino seguinte: Montreal/Quebec.

Montreal é uma cidadezinha localizada dentro da província de Quebec. Logo, você conhece dois lugares de uma vez só. Pra mim foi o lugar mais fantástico que eu já conheci. Entre pequenas ruas e vielas, a gente consegue enxergar uma preservação quase que literal do velho. E por velho, quero dizer tradição. As lojas, os cafés, os pubs, as igrejas, os castelos, o clima de cidade de interior.. tudo isso mantém as pessoas unidas, desde as que moram lá há anos até as que acabaram de chegar. As pessoas em Montreal tem orgulho da sua história, tem orgulho de viver onde vivem, tem orgulho de pertencer. E e sentem mais do que felizes em fazer os turistas terem uma experiência inesquecível na cidade e sentir, mesmo que só durante a passagem, como parte do cenário, parte da história. 

A cidade, com construções que remetem à arquitetura europeia, foi palco do nascimento e vida do único santo do Canadá: St Andreas. A basílica construída em sua homenagem fica em cima de um monte de onde você consegue ter vista de toda a cidade. Em Montreal, o francês já se sobressai sobre o inglês e em alguns lugares não adianta, se você não souber falar o minimo de francês desejável as pessoas já te olham de um jeito estranho.

Mas ainda assim são muito educadas e te tratam bem por onde você passar, especialmente quando veem que você é turista. Por incrível que pareça não vi sequer a possibilidade de roubo, assalto, sequestro, qualquer coisa deste tipo. Junto com a sensação de estar em uma outra época, vem também uma sensação de segurança incrível na cidade. Os monumentos mais tradicionais se localizam na “Velha Montreal”, um vilarejo próximo a um lindo rio, onde pude apreciar e contemplar belezas como a Basílica de Notre Dame e uma Réplica do Empire State of Mind (muito mais bonita, na minha opinião).


Já em Quebec, província francesa do Canadá, a diversão fica por conta do delicioso Poutine, prato típico da região e surreal de tão gostoso. Tem também o Chateau Frontenac, um hotel luxuoso que tem mais de 100 anos de existência. Em Quebec, no inverno, você também pode fazer um passeio no Hôtel de Glace, também conhecido como Ice Hotel. Ele é o primeiro, e ate onde eu sei único, hotel cem por cento feito de gelo na América do Norte. Exatamente por esse motivo ele só funciona durante o inverno (que vai de novembro até março, mais ou menos).


Toda a estrutura é feita primeiro com metal (o que por si só já é frio), leva um mês pra ser erguida e conta com o serviço de 50 trabalhadores. Após montar tudo com o metal eles cobrem com gelo e neve, geralmente junto com uma mistura especial para ajustar o ambiente Ã  umidade. Localizado a 5 km de Quebec City, o hotel fica no bairro de Charlesburg, mas em um lugar um pouco afastado, dada a estrutura dos quartos. Idealizado e construído em 2001, o local hoje é palco de casamentos, festas e claro, hospedagem pra casais em lua de mel (aqueles que tem coragem de pagar aproximadamente $15.000 pela suite master e passar noites no frio rs). O hotel, em 2016, fechou no dia 28 de março. Mas depende de ano pra ano porque quando o inverno na região Ã© mais rigoroso, eles podem estender a data, da mesma forma que podem adiantar, caso o inverno não seja tão forte.


Geralmente quem vai pro Canadá por intercâmbio, costuma ganhar o passeio ao hotel. Eu fui mas o hotel não estava incluso, então tive que pagar $10 cad para a visitação. Na hora achei meio caro, mas vale muito a pena.
Em meio a escorregadores de gelo, quartos com sereias e golfinhos esculpidos, bar que serve bebidas em copos de gelo (muito difícil de segurar aquilo. Você fica dividido entre tentar segurar o copo congelando os dedos ou beber o drink haha), você entra em um mundo mágico. Pode parecer conto da Disney ou exagero, mas o lugar é realmente fenomenal! As suítes são divididas por estrutura e cada diferenciação de preço significa mais incrementação do quarto.

Uma das suítes mais simples, por exemplo, tem a cama de casal e pequenos peixinhos esculpidos nas paredes. Estas custam em média $175 cad por noite. Já as mais elaboradas possuem um verdadeiro zoológico de bichos polares e aquáticos esculpidos nas paredes, estátuas de ursos e lobos.. tudo um verdadeiro espetáculo pra quem não tem medo de passar (e gastar) alguns dias em meio ao gelo! 
Para casamentos existe uma capela (também cheia de gelo) onde pessoas costumam reservar sua data especial com até dois anos de antecedência. Querendo ou não é o lugar perfeito para pessoas com gostos excêntricos e com o sistema imunológico forte.

Na área externa dos quartos tem boas opções de diversão. Além da possibilidade de esquiar, e da linda vista do por-do-sol, eles tem uma cabaninha Maple Syrup, com grande parte dos produtos feitos com esse suco proveniente da maçã (aquele líquido que eles colocam nas panquecas e que eu, particularmente, DETESTO mas MUIIIIIIITA gente se amarra). A decoração das árvores também é um espetáculo. Eles colocam pequenas estruturas de neve incrustada com gelo colorido dentro. É simplesmente lindo de se ver! Fora os escorregadores, as lojinhas e o bar MARAVILHOSO da Heineken (imagina você ficando bebâdo (a) em meio ao gelo *_____*)
Enfim pessoal, é um lugar mágico, maravilhoso, surreal! Quem for para Toronto, Quebec, Montreal ou Ottawa durante o inverno, se assegurem de dar uma passadinha no Ice Hotel. Vocês não vão se arrepender!
An epic journey! What's next?
Meu primeiro mês no Canadá foi assim.. pessoas, lugares e experiências maravilhosas! Mal vejo a hora de voltar! E vocês, qual foi o melhor lugar pra onde já viajaram?



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Hoje eu vou falar pra vocês um pouquinho de como foi meu primeiro mês de experiência em Toronto, Montreal, Quebec e Ottawa, no Canadá. Essa viagem eu fiz logo que me formei na faculdade e embora eu já tenha feito tantas outras depois dessa, as experiências que eu tive eu carrego e carregarei até o fim da vida. Foi uma das viagens mais maravilhosas e gratificantes que eu já fiz e que pra mim, como mochileira que sou, significou o primeiro salto para um mundo de possibilidades.


Esse post vai ser um pouco longo porque eu vou dar dicas que vão desde à escolha de uma boa empresa de intercâmbio, até os principais pontos turísticos, especialmente pra quem for passar o inverno em Toronto. Daí dividirei o post em três partes.

Como foi minha primeira viagem para um país que exigia visto, eu optei por fazer na modalidade intercâmbio. Eu ainda morava em Brasília na época e escolhi a Egali, tanto pela qualidade como pelo custo-benefício.
O pacote que eu paguei incluía todo processo de visto, um mês de hospedagem na república de uma faculdade (quarto individual), um mês de curso de inglês, passeios pelo próprio curso (um para Niágara Falls e outro para CN Tower) e seguro viagem. Só alimentação que não estava inclusa. O atendimento deles é excelente, eu super recomendo a empresa (e olha que eu fui uma cliente muito chata rs). Toda a papelada ficou pronta bem antes da data da viagem e quando foi dia 23 de março de 2015 (ou 2016?) eu embarquei pra Toronto.



Fui pra Toronto pela companhia Air Canada. As passagens custaram em torno de R$ 3.000 reais, mas isso foi porque eu comprei pela Egali. Semanas depois surgiu promoções que chegaram à bagatela de R$800 reais ida e volta. A Air Canada é uma companhia excelente.
De fazer pensar o quanto  Brasil é um absurdo em termos de preço e serviço oferecido. Pra se ter uma ideia eles oferecem janta e café da manhã de graça e com duas opções em cada refeição. Isso sem contar que teve vinho e água grátis durante todo o vôo, as poltronas eram mais largas, foi oferecido cobertor e travesseiro de excelente qualidade.. enfim.. tratamento de primeiro mundo.

Fiquei hospedada no Canadian College of Neurophatic Medicine (CCNM), uma faculdade que tem como foco as pessoas que querem ser homeopatas. Tudo na faculdade tem um quê de natural e as pessoas eram tão leves quanto o que elas comiam. rs Cada andar é formado por quatro lounges. Cada lounge tem uma área de lazer e aproximadamente 30 dormitórios individuais, todos equipados com cama, escrivaninha, guarda roupa, frigobar, luminária e persianas.



A cozinha é coletiva e o ideal é fazer compras semanalmente porque mesmo a comida em Toronto não sendo cara, nem sempre existe disposição pra sair em um frio de 30º negativos pra comprar algo pronto.
O valor da minha primeira compra ficou em 50$ CAD, preço inacreditavelmente barato e foi uma compra que durou uns 15 dias. E detalhe, só produtos de excelente qualidade. Quando eu resolvia comer fora a qualidade da comida também não decepcionava. Comprei uma vez um wrap de massa de espinafre com recheio de atum por 6$ CAD, isso incluso minha bebida. E o negócio era grande! Realmente um almoço!

O transporte em Toronto é de outro mundo! Todo início de mês você tem a opção de carregar um cartão u te dá acesso a todas as linhas de metrô, ônibus e trem e você pode usar ele quantas vezes quiser no mês. Isso por 112$CAD, valor que achei bem em conta tendo em vista que inclui basicamente todo tipo de transporte em um número ilimitado de vezes. Coisa phina! haha



Não só a cidade mas as pessoas, a vibe.. são coisas totalmente diferentes de tudo que eu já havia visto e vivido! A receptividade do canadense é sem igual. Toronto é um cidade que não dorme e por mais sonolenta e preguiçosa que eu seja, lá o conceito de tempo e espaço mudaram radicalmente minha forma de levar os meus primeiros dias. Dias esses que já ilustro no próximo post! rs

Por hoje fico por aqui mas amanha volto com dicas de turismo em Toronto. (; See ya!

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...discute sim, desde que seja com qualidade!

Vivemos em um período onde boa parte dos assuntos que outrora foram tabus, hoje se transformaram em trend topics do twitter. Em meio a todo esse fluxo de informação, o trio ‘futebol, política e religião’ é discutido com maestria por verdadeiros especialistas no assunto (lê-se ironia aqui), em sua maioria grandes doutores da geração 2000 que muito pouco, ou nada, tiveram de contato com tópicos que tão ferrenhamente defendem.


Especialmente em 2018, o ano da maior virada política dos últimos 20 anos no Brasil, a discussão racional e fundamentada de assuntos que poderiam/podem mudar o curso do país foi substituída por bate bocas despreparados, relacionamentos desfeitos, agressões que ultrapassaram o limite do verbal e um caos social sem igual. Isso nos leva a uma reflexão: se assuntos tão importantes estão virando tópico nas rodas de conversa, porque o resultado desse diálogo é quase sempre infrutífero?

A resposta, creio eu, está na divergência de interesses. Boa parte das pessoas ainda não está realmente engajada e interessada em se aprofundar no que discutem. As conversas não passam de momentos rasos porque, talvez, as consequências ainda não foram catastróficas o suficiente ou talvez porque, por trás de uma massa de pessoas cheias de reflexões vazias, existem outras que se comprometem a fazer o trabalho “sujo”. Lê-se por sujo, o trabalho maçante, árduo e necessário para se adquirir e produzir conteúdo, discussões e posicionamentos de qualidade. Essas pessoas quase sempre são subestimadas por outras que pouco se importam com o rumo que o país toma. O que importa são quantidades de views e retweets. Nada mais.

Lembro que pouco antes do Bolsonaro ganhar as eleições (a despeito do meu voto ter ido nele ou não) eu estava conversando com umas pessoas e uma delas me disse (sic) “Se esse cara ganhar vai ser horrível. Eu mesma não consigo imaginar levar minha filha para escola e ter representantes do exército lá na porta. Isso pra mim é ditadura”. Sério. Uma afirmação dessas feita meses depois de um zelador entrar em uma creche em Minas Gerais e tacar fogo em salas abarrotadas de crianças. Depois disso seguiu-se uma série de argumentações não focadas nas propostas futuras para melhorar a segurança, mas sim para caricaturar um candidato. São com essas pessoas que temos que tentar dialogar. Não só  a respeito de política, mas de tudo. E esse diálogo não é fácil porque boa parte está super disposta a falar mas a maioria não quer (e nem sustenta) dois minutos como ouvintes. Em meio a um país cheio de corrupção, violência, desemprego, os grandes tabus estão sendo quebrados de forma errônea. O importante está em ganhar a discussão e não no assunto que gerou a discussão. As preocupações da grande massa continuam a ser fúteis e o resultado disso é ainda sermos um país intelectualmente atrasado. E a culpa é nossa.


Entretanto, vejo um caminho de mudança. Não é tão difícil entendermos que não temos conhecimento sobre tudo, e muitas vezes o conhecimento que temos é limitado. Isso nos põe em uma posição de constante dúvida, e porque não, aprendizado. E essa é uma postura que está se ampliando; a passos de formiga, claro, mas antes tarde do que nunca. Acredito que em breve não existirão mais tabus na sociedade pois eles serão quebrados com informação de qualidade. Acredito também que a tendência é o aprofundamento em cima de questões que atingem a sociedade de forma direta e indireta, até porque a mudança só surge com conflitos de ideias. E estas só mudam a realidade se forem discutidas de modo construtivo. Afinal, o problema não é ter ideias, conceitos e pensamentos divergentes. O problema está em não saber gerenciar isso com outras pessoas de modo que juntos, todos possamos transformar a sociedade em um ambiente melhor para viver. Boa parte dessa mudança se ilustra nos inúmeros canais de youtube, por exemplo. Cada um com posicionamentos diferentes sobre assuntos diferentes, mas a maioria comprometido em buscar, conhecer, se aprofundar antes de emitir uma opinião. E refutar a mesma, caso perceba-se um erro. O nome disso é humildade. E exercitar a humildade não só te ajuda na hora de argumentar mas também te ajuda a ter qualidade de vida.

Por fim, acredito que futebol, política e religião continuarão a ser trend topics mas tenho esperança de que, com um pouco de maturidade, informação e bom senso (esse não pode faltar), não serão mais causa de fins de relacionamentos, violência e pandemônio. Assim eu espero, pelo menos. rs


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Já faz um tempo quer eu me mudei pra Curitiba, na região Sul do Brasil. Pra uma garota que veio do calor e secura do Centro-Oeste acreditem, foi uma mudança e tanto! rs
Oratório de Bach
Ainda assim todos os dias descubro lugares novos por aqui e neste último final de semana minha "descoberta" foi o Bosque do Alemão. O Bosque é localizado no bairro Vista Alegre (fica há uns 10 minutos saindo da rodoviária de Uber ou 99 e o preço médio é de 12 reais se você for ir partindo do centro) e era o antigo lar da família Schaffer. Esta família era natural da Alemanha e contribuíram significativamente com a indústria de laticínio de Curitiba. Submergindo nesta pegada Alemã, o Bosque homenageia a cultura e os costumes da época. 

Confesso que mesmo gostando da história do bosque eu não estava com uma expectativa muito alta relacionada ao local. Entretanto, me sinto bem feliz em dizer que me enganei completamente! Logo na entrada principal você se depara com o Oratório de Bach, arquitetura alemã feita em homenagem ao compositor. O local é basicamente construído aos moldes da alvenaria, muitíssimo bem arquitetado e verdadeiramente imponente em sua simplicidade. Logo à frente tem uma pequena ponte que leva a uma descida em meio a puro verde. Pra quem mora em cidade grande mas não dispensa um contato com a natureza, o local é um verdadeiro refúgio. 

História de João e Maria
Mais embaixo começa a diversão: uma trilha com doze quadros que conta toda a história de João e Maria! As ilustrações foram feitas pelo artista Guilherme Zamoner e são verdadeiramente sensacionais. 

Ao longo de todo o percurso tem pequenos mirantes e locais de verdadeiro sossego para um verdadeiro descanso. 

Em seguida tem a Casa da Bruxa. Sim, isso mesmo que você leu! Lá, a partir das 14h, tem contação de histórias com uma mulher fantasiada a caráter (Lavínia teve medo na hora da foto rs). O momento é bem gostoso e ideal pra ser curtido em família (até mesmo para as crianças não entrarem em pânico com a fantasia de bruxa da mulher rs). Na casa tem inclusive uma árvore com chupetas penduradas por todos os galhos.. eu mesma achei genial a proposta; indiretamente acaba incentivando os pequenos a deixarem de vez o hábito, haha.

Por fim, mas não menos importante, tem o portal com a reprodução da Casa Mila, arquitetura germânica do início do século XX. A parte colocada no bosque é a original da época e mostra os detalhes sutis da arquitetura alemã. É um portal muito lindo que te transporta no tempo quase que literalmente. Pra quem mora em Curitiba é quase normal ver em pelo menos um lugar no caminho para o trabalho uma casa com características originais mas esse portal tem o diferencial de que quase não foi reformado e o fato de você saber que aquilo ali já foi a entrada da residência de uma família te dá uma sensação intimista e, de certa forma, bem nostálgica. 

O passeio pelo bosque dura em média 1h. Vale a pena também levar um lençol e emendar com um piquenique em família em uma das muitas áreas arborizadas da cidade. É algo para se fazer em um domingo ensolarado e sem dúvidas é uma das paradas certas na capital. Mal posso esperar pra conhecer outros cantinhos dessa cidade tão deliciosa que eu já ouso chamar de lar. (:

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Há mais ou menos uma semana atrás eu fui em um encontro que, ao meu ver, seria uma entrevista de emprego. No final eu não saí de lá empregada mas foi como se eu tivesse ganho na loteria. Pra expressar o meu ponto eu vou explicar o contexto. Há dois anos eu vim morar em Curitiba com meu atual marido. Recém formada em jornalismo, eu estava a todo vapor achando que aqui eu iria finalmente encontrar um trabalho onde eu pudesse ser paga para fazer o que eu amo: escrever. O tempo passou e com o desenrolar das coisas eu fui vendo que a jornada não seria tão fácil. Após um ano morando aqui eu engravidei da minha filha (que foi muitíssimo desejada e porque não, planejada também!) e com o passar dos meses eu fui me desmotivando profissionalmente. O blog que eu tinha com mais de 600 seguidores eu desativei e aquela vontade louca de viver da minha paixão foi morrendo e dando lugar ao desespero por qualquer emprego que me desse uma verba suficiente pra ajudar meu esposo a nos mantermos. 

No final eu acabei entregando currículo em shopping e uma loja me acolheu super bem. Consegui um emprego pelo qual eu sou extremamente grata mas que eu sei que é passagem. Passagem pra algo muito maior. Porém, durante a minha passagem existem dias em que a motivação pra alcançar o meu sonho míngua. Míngua porque eu achava que trabalhava em um ambiente que não me inspira. Mas o problema não está no fato de o ambiente não me inspirar em si. O problema está no fato de que eu perdi a inspiração em mim mesma e, uma vez sem inspiração interna, eu poderia estar escrevendo um livro na beira da praia tomando uma gelada que ainda assim eu me sentiria vazia. 

Nisso entra esta entrevista em que eu fui semana passada. Fui pra lá já no desespero pra conseguir algo que fosse finalmente me preencher profissionalmente. No meio da conversa com o Lucas (pessoa muito querida) ele me perguntou algo que eu não esperava e o que eu mais temia responder: o que me inspirava, com o que eu realmente me importava. Na mesma hora me veio na cabeça minha família. Mais do que isso, me veio na cabeça meu esposo e minha filha. E naquele instante eu percebi que estava morrendo de preocupação não por estar aos 27 anos trabalhando em algo que não me inspirava mas sim por não conseguir, aos 27 anos, casada e mãe, sentir que sou inspiração pra quem me inspira. Sentir que não estou inspirando/desenvolvendo potenciais na minha filha, por exemplo, por não enxergar esses potenciais em mim mesma. Maluco, né?

Sei que parece meio louco mas a maior busca por significado e por significância (sim, verbo e substantivo) está na inspiração que você consegue encontrar dentro de si. Sabe aqueles dias de merda? Aqueles mesmo em que você sente que acordar foi a maior burrice da vida? Aqueles, onde você troca o açúcar pelo sal, o elevador fica preso no subsolo quando você mora no 31º andar e está atrasado pra uma reunião super importante? sabe esses dias? Então, são neles em que a vida te cobra o mínimo. E esse mínimo é você levantar, se olhar no espelho e buscar naquele monte de células inspiração pra ser melhor. Inspiração pra viver da melhor forma possível e inspiração pra que você possa também inspirar quem te inspira. O tempo todo, mesmo que você não veja, não sinta ou até mesmo não se importe, existe uma rede de pessoas boas torcendo por você, uma infinitude de energias boas vibrando. Se você pega um terço disso e devolve em inspiração para o próximo, se você se esforça o mínimo pra sair da sua zona de conforto e ser grato por tudo apesar de tudo, acredite, você será sua própria inspiração. E nesse momento, meu (minha) amigo (a), o céu é só uma curva pro lugar onde você pode realmente chegar. 

Eu cheguei em casa hoje do trabalho um trapo, cobrando de terceiros o que deve ser feito só, e somente só, por mim. E em uma conversa deliciosa com meu marido eu vi nele mesmo, outro monte de células (que eu amo muito por sinal), a inspiração que ele vê em mim e isso só me deu forças pra seguir sendo isso também pra mim, pra ele e pra quem quer que esteja ao meu redor.



Essa foi minha grande (e deliciosa) descoberta de hoje! E você? O que te inspira? (:


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Jornalista por formação (e coração!), 27 invernos muito bem vividos. Viajante nesse mundão, esposa do Fábio, mãe da Lavínia. Geminiana. Bipolar e ansiosa. Verdadeira apaixonada por livros, filmes, moda, Disney e acreditem, política! Aqui vocês tem um pouco de toda essa loucura! Just come on in! (:

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